EFEMÉRIDE # 65
DIE MAUER, O MURO, EL MURO, LE MUR, THE WALL...
João Alembradura
(Historiador de Valmedo)
DIE MAUER, O MURO, EL MURO, LE MUR, THE WALL...
Os muros são universais, estão por todo o lado, afinal eles sempre existiram desde os primórdios para garantir as fronteiras de territórios conquistados, como são exemplos a Muralha da China ou a Muralha de Adriano, e continuam a existir hoje em dia porque sempre surgem muitas razões, por mais estúpidas que sejam, para separar gente cujo único "crime" é muitas vezes apenas o facto de ser diferente ou de pensar de outra forma...
Infelizmente muros há muitos mas houve um muro especial, único, feito de cento e dez quilómetros de arame farpado, trezentas e dez torres de vigia, sessenta e cinco trincheiras anti-veículos e vigiado ao milímetro por quarenta mil tropas de fronteira fortemente armadas e treinadas pelos soviéticos e que não foram suficientes para travar o anseio de liberdade de cerca de cinco mil (5000) cidadãos da antiga República Democrática (?) da Alemanha, e se muitos desses desesperados conseguiram passar para o outro lado também centenas ali caíram, de olhos fixos noutra vida, ali a escassas dezenas de metros... E mesmo os que lograram dar o salto perderam muito, o muro dividiu famílias, afastou amigos, instigou ódios e estilhaçou uma sociedade, de facto o muro não dividiu apenas BERLIM, dividiu também o mundo inteiro...
Passam hoje 30 anos sobre a queda do MURO DE BERLIM, essa bestial divisão nascida da sangrenta II Grande Guerra e o que sobra depois de todos estes anos é que a bestialidade humana continua bem viva, vejam-se os muros que estão a ser erguidos por todo o planeta, na fronteira do México, em Marrocos, na fronteira palestiniana ou na fronteira das duas Coreias... E depois há todos os outros muros, não os físicos feitos de argamassa e tijolo mas os muros ideológicos e perversos que impedem a humanização do planeta e a harmonia entre povos, bastas vezes irmãos... E a sensação que fica é que, no essencial, pouco mudou e é inevitável questionar se alguma vez haverá um futuro sem muros e com mais tolerância, um planeta mais pacífico e fraterno muito diferente do amontoado de guetos que é hoje...
Passam hoje 30 anos sobre a queda do MURO DE BERLIM, essa bestial divisão nascida da sangrenta II Grande Guerra e o que sobra depois de todos estes anos é que a bestialidade humana continua bem viva, vejam-se os muros que estão a ser erguidos por todo o planeta, na fronteira do México, em Marrocos, na fronteira palestiniana ou na fronteira das duas Coreias... E depois há todos os outros muros, não os físicos feitos de argamassa e tijolo mas os muros ideológicos e perversos que impedem a humanização do planeta e a harmonia entre povos, bastas vezes irmãos... E a sensação que fica é que, no essencial, pouco mudou e é inevitável questionar se alguma vez haverá um futuro sem muros e com mais tolerância, um planeta mais pacífico e fraterno muito diferente do amontoado de guetos que é hoje...
João Alembradura
(Historiador de Valmedo)
Pior muro é aquele que construímos dentro de nós. Abraço
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