terça-feira, 12 de novembro de 2024

 

TASCAS E ANTROS DE PRAZER - XXXIV

DE CANADINHA EM CANADINHA... 


Tal como o gigante Anteu, filho de Poseidon, que na sua titânica luta com Hércules cada vez que ia ao chão ganhava para a batalha novas forças ao regressar para os braços da sua mãe, Terra, assim nós, derrotados e expulsos da Grota do Medo, regressamos a casa para ganhar novo ânimo, deixamos para trás aquela canadinha de bagacina que leva ao Outeiro das Pedras e regressamos a Angra para recuperamos forças n' "A CANADINHA", uma casa-de-pasto-e-bem-comer, felizmente situada mesmo ao lado do alojamento e ainda com o bónus de ter o enorme Pantonio mesmo em frente...  A primeira boa impressão que se tem d' "A Canadinha" é a simpatia e eficiência dos seus funcionários, quer de quem gere as mesas como de quem as serve, mas claro que a impressão mais forte que se  leva dali e que perdurará na memória por longo tempo é a qualidade dos repastos que nos são oferecidos... Não seria necessário porque já tínhamos a casa referenciada e também porque graças à sua proximidade mais cedo ou mais tarde lá iríamos dar mas ao pequeno-almoço já a Isabel, simpática terceirense de gema e conhecedora de tudo o que é bem-comer, nos tinha recomendado a alcatra da Canadinha... 

Vimo-la sair várias vezes, vaidosa e a largar aromas celestiais pelo caminho, mas como já tínhamos comido alcatra na véspera optámos por outras ofertas, começando por uma sopa de carne que já ela por si própria seria uma refeição integral em casa, depois vieram as obrigatórias lapas na chapa, que delícia, e depois ainda uns chicharritos fritos, bem servidos, e obrigatoriamente um peixe, boca-negra  grelhado! Que festival... 
Para o fim estava reservada a derradeira e agradável impressão, aquilo que se paga pela qualidade das iguarias leva-me a afirmar que ali se come muito bem e barato, comparando com os carregados menus turísticos que abundam pela ilha... A voltar, sempre que possível...




João Ratão
(Chef de Valmedo)

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