quinta-feira, 7 de novembro de 2024

 
ANGRA, O REFÚGIO ABENÇOADO POR POSEIDON...

Poseidon, o senhor da Atlântida, era para os antigos e sábios gregos o deus dos mares, dono de um temperamento difícil, talvez até bipolar, se ontem estava com os azeites lá vai disto e desatava a criar terríveis tempestades e terramotos mas se hoje o dia lhe calhasse tranquilo lá ele protegia as águas e os marinheiros, tornava-se até afável e um bom companheiro e a prova disso está em Angra... A importância da ilha Terceira deve-se antes de mais à sua miraculosa localização, a meio caminho entre a América e a Europa, e depois às magníficas condições da baía de Angra, um abrigo seguro que protegia de ventos, correntes e outras fúrias de Poseidon e onde todos os galeões que vinham do Novo Mundo carregados de ouro do Brasil e daquele roubado aos Maias e aos Incas e também de preciosas especiarias aportavam para abastecimento de provisões, reparações e tratamento de doenças, até para o caso de fuga aos piratas era o refúgio ideal...


"Angra segura..." - Jean-Charles Forgeronne

O crescimento de Angra, sempre ligado ao florescente comércio de Portugal e Espanha com as Américas, foi rápido e intenso, menos de oitenta anos depois da chegada dos primeiros povoadores foi elevada a cidade, em 1834, orgulhosamente a primeira cidade moderna dos Açores e do Atlântico, e em 1983, três anos apenas depois do devastador terramoto e após uma notável reconstrução, foi eleita pela Unesco Património da Humanidade...  

"Da Memória ao Brasil" - Jean-Charles Forgeronne

João Palmilha
(Viajante de Valmedo)

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