sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020


TASCAS E ANTROS DE PRAZER - VIII


O MARQUÊS NO SOPÉ DA MONTANHA...


Não podia haver melhor localização para este abençoado antro de boa comida, ali no sopé do MONTEJUNTO, mesmo defronte da igreja do Vilar e mesmo a jeito não só para quem precisa de armazenar energia para a grande subida mas também para quem, descendo, necessita de repor as calorias gastas e ainda para quem de passagem, coisa comum, ignora a montanha e apenas pretende saciar os apetites...

A taberna no Largo dos Marqueses de Rio Maior

Chama-se TABERNA DO MARQUÊS DE RIO MAIOR e é inevitável a curiosidade, por que raio o marquês é do distante Rio Maior e não do Vilar ou do vizinho Cadaval? Bem, segundo consta por estas bandas, efectivamente nos meados do século passado por aqui assentou arraiais um dos marqueses de Rio Maior, perdido de amores pelos bons ares da montanha e e por uma moçoila vilarense e daí até se ter tornado um benemérito e respeitado habitante do Vilar foi um passo, parece até que doou uma generosa quantia para a construção da Igreja da Nossa Senhora da Expectação, inaugurada em 1953. Assim, não surpreende que o largo fronteiro ao templo se chame Largo dos Marqueses de Rio Maior...

Manta de entrecosto
E o Ti Rogério e a Dona Alice, gente boa e honrada que não precisa de títulos nobiliárquicos para nada, não acharam melhor nome para a sua casa de petiscos que inauguraram há meia dúzia de anos e que já conquistou uma clientela fiel e rendida à boa cozinha, muitas vezes a expectativa até é superada numa ementa variada que pode ir do coelho assado a um peixe no forno, de uma suculenta manta de entrecosto  no forno até a uma feijoada de polvo, e por aí fora, não há pratos fixos e como é bom entrar, sentar e deixar-nos surpreender...




Coelho à Marquês

E se para quem conhece não surpreende o espaço acolhedor, a simpatia do atendimento ou a qualidade das iguarias, começando pelo delicioso cesto de pão acompanhado por umas azeitonas divinais, pode o visitante inaugural abrir a boca de espanto perante a conta final ao constatar que uma nota de dez chega e sobra para tão reconfortante repasto! E claro, é inevitável voltar, mesmo que não se suba lá acima...




João Ratão
(Chef de Valmedo)

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