ANEDOTAS QUE PARECEM POEMAS - III
PALAVRAS AFRODISÍACAS
Os corpos suados enrolavam-se freneticamente em anseios de paixão, o sangue latejava acelerado pelas veias e a respiração engasgava-se nas gargantas sedentas e foi então que a Efigénia, convencida de que a relação precisava de ser um pouco apimentada e tentando reproduzir o diálogo de um filme que tinha espreitado à socapa dias antes e em que os protagonistas tinham alcançado o clímax, sussurrou à orelha de Casimiro:
- Amor, vá, diz-me coisas PORCAS!
E o amante, que ainda andava com um ligeiro desarranjo provocado pelo molho de leitão da véspera, balbuciou com um esgar estampado na face:
- Querida... acho que me caguei todo...
João das Boas Regras
(Sociólogo de Valmedo)
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