ANEDOTAS QUE PARECEM POEMAS - XIV
REMÉDIO PARA A MEMÓRIA
Prudêncio, depois de um par de minutos na rua a olhar para o letreiro e para o interior da frutaria ainda hesitou e pensou em continuar o passeio mas a curiosidade falou mais alto, tinha que esclarecer aquilo, entrou na loja e dirigiu-se à empregada que, enfastiada e com cara de poucos amigos, ia teclando com exagerada força no teclado de um computador:
- Desculpe, mas venho apenas esclarecer uma coisa que me está a atazanar os neurónios, porque é que esta loja que pelo que vejo só vende frutas e legumes se chama "Loja da Memória"?
A moça levantou lentamente a cabeça e olhando por cima dos óculos para Prudêncio respondeu:
- Sabe, é que tudo o que aqui vendemos, de uma maneira ou de outra, faz bem à memória...
Prudêncio, não convencido, virou-se e pegando na coisa que estava mais à mão, uma bem constituída e reluzente curgete, teimou:
- Ai sim, então porque é que esta curgete faz bem à memória?
- Olhe, porque se a enfiar bem no rabo nunca mais se vai esquecer!
(Baseado numa história de "Paciência é o meu nome do meio", de Inês Fetchónaz)
João das Boas Regras
(Sociólogo de Valmedo)
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