terça-feira, 11 de dezembro de 2018


COMEMORAR PARA LEMBRAR, SEMPRE...


Há que comemorar e lembrar a coragem de quem não se apaga perante a opressão e se revolta contra a tirania e a injustiça... Bem, mais uma vez, esteve a Fundação Gulbenkian ao associar-se ontem às comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos 40 anos da adesão de Portugal à Comissão Europeia dos Direitos Humanos ao oferecer ao público o CONCERTO LIVRES E IGUAIS... Perante um Auditório esgotado, a Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves, presenteou os melómanos com excertos da genialidade de BEETHOVEN...  



Concerto Livres e Iguais



E que melhor escolha do que a música de BEETHOVEN, ele que foi, como se lê no libreto do concerto "entusiasta da Revolução Francesa e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, que celebrou a liberdade em todas as dimensões ( religiosa, política...), que foi republicano numa Europa de monarquias...". Alguém escreveu que a música de Beethoven é uma "gloriosa afirmação da liberdade humana"...






E, curiosidade deste mundo cão, uma das obras ouvidas ontem na Gulbenkian, a HEROICA, a Sinfonia nº3, tornou-se um símbolo de liberdade e coragem  pois Beethoven, um admirador dos Ideais da Revolução Francesa, tinha pensado dedicar a obra a Napoleão, então Cônsul da República Francesa, mas quando este se autoproclamou Imperador provocou a revolta do músico que não foi de modas e rasgou furiosamente a dedicatória....  Consta que terá dito: "Agora ele pensa que é superior a todos os homens, tornando-se um tirano".



BEETHOVEN - Heroica - Finalle: Allegro molto



João Sem Dó
(Musicólogo de Valmedo)

1 comentário:

  1. O Hino da Alegria, ou Ode à Alegria (em alemão Ode an die Freude), é o nome do poema escrito por Friedrich Schiller em 1785 e cantado no quarto movimento da 9.ª sinfonia de Ludwig van Beethoven (Wikipédia). Se Beethoven fosse vivo decerto processava Bruxelas pelo uso não autorizado da sua obra, considerando-se enxovalhado pelo seu uso por uma União de Estados tristes e infelizes.

    Saudações
    João Andarilho

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