sexta-feira, 12 de novembro de 2021


A CÉLEBRE NOITE DE BUDAPESTE


São lendárias as noites de BUDAPESTE, já tínhamos sido avisados sonoramente pelos Mão Morta ao ouvir 

                                         "Cá vou eu no meu Trabi

                                           de bar em bar a aviar,

                                           Sempre a abrir a noite toda

                                           sempre a rock&rollar..."


ou visualmente no filme francês "Budapest", comédia louca sobre a louca noite húngara, mas tudo o que pensamos saber sobre algo a partir de outros testemunhos é eclipsado no preciso momento em que somos nós próprios a ver, a ouvir e a perceber... E para que conste também importa a opinião do meu amigo Henrique Gomes que por lá esteve uns dias antes e que simplesmente decretou: "Aqueles gajos só comem porcaria mas lá que sabem divertir-se, isso sabem! Festa é em Budapeste!"

"Szimpla " - Jean-Charles Forgeronne

E quis o destino que ficássemos albergados em pleno coração do VII bairro, o Erzsébetvarós, ou seja o bairro de Isabel (a famosa e histórica Sissi), o antigo bairro judeu que agora é uma autêntica miscelânea de lojas de antiguidades, souvenirs, livrarias, galerias, bares, lojas convenientes que oferecem álcool 24 horas por dia e, claro, inúmeros edifícios decrépitos e em ruínas mas que à noite brilham nos seus cintilantes labirintos de espanto... E música nunca falta, seja ela ambiente seja debitada por bandas ávidas de palco...

"Bares em ruínas" - Jean-Charles Forgeronne

E beber um copo e conversar (ou não) nos bares em ruínas torna-se obrigatório e viciante, é a noite de Budapeste que faz esquecer as agruras da cruel existência, é outra vida, outra dimensão, basta ver, basta escutar, é um deslumbramento e tudo o que vier depois será inesquecível! É como que se uma aldeia inteira em festa fosse condensada naquelas naquelas decrépitas e luminosas ruínas...

"Szimpla" - Jean-Charles Forgeronne

Na manhã seguinte, apenas com a luz natural, tudo  parece mais normal mas é uma simples questão de tempo, logo pelo entardecer os neons irão transportar-nos para outra dimensão, até à manhã seguinte...         


"Szimpla diurno" - Jean-Charles Forgeronne

E depois tínhamos o "Instant Fogas", mesmo em frente...                      

             

"O outro lado da Akafca ut" - Jean-Charles Forgeronne

                                                                                                          
Budapeste - MÃO MORTA
João Palmilha
(Viajante de Valmedo)                          

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