domingo, 5 de março de 2023

                                                              EFEMERIDE # 95


三十三  PÚBLICOS


Que bom chegar ao quiosque e encontrar o último exemplar do Público à minha espera e como a fria manhã de domingo ainda é curta fico a pensar se foi uma mera questão de sorte, talvez já muita gente tenha passado por ali e levado religiosamente debaixo do braço o seu exemplar, como dantes acontecia, ou se, devido às plataformas digitais e à cada vez mais diminuta leitura de jornais em papel aquele meu exemplar não seria a única oferta em dia de aniversário... Sim, o Público faz hoje XXXIII anos e ainda me lembro de ter comprado o primeiro número e desde então se tornou para mim uma referência pelo seu rigor e pela sua capacidade de inovação, foi de facto, à época, uma pedrada no marasmo jornalístico lusitano e estamos portanto hoje os dois de parabéns...




Nesta edição especial o Público volta a surpreender e junta a ancestral cultura chinesa à realidade do ocidente ao colocar a direcção editorial nas mãos de Ai Weiwei, um artista-activista e mundialmente conhecido como um dos maiores opositores do regime chinês e que escolheu o Alentejo para viver... Escultor, realizador, fotógrafo, arquitecto, até filósofo e outras coisas conforme a ocasião, Weiwei escolheu dez temas para abordar neste dia e aqui fica a sua reflexão sobre a morte:

"A morte é o definitivo, e muitas vezes desvalorizado, tesouro da vida. Concede à vida significado e objectivo, criando um sentido de urgência, uma apreciação da natureza fugaz da nossa existência, e expectativas para a perpetuação de diferentes formas de vida. Com a morte como um inevitável fim, podemos reflectir sobre o significado e a importância das nossas vidas, criar memórias e legados que mereçam ser lembrados e acarinhados..."


"Morte" - João Plástico


Vivamos então com urgência que o tempo voa como o dragão...


João Vírgula

(Leitor deValmedo)

1 comentário:

  1. O Público, para mim, já teve a sua morte há muitos e muitos anos, definitivamente. Lamento que assim tivesse acontecido, eu que lhe fui fiel desde o nº zero até ao seu feliz passamento.

    ResponderEliminar