segunda-feira, 23 de outubro de 2017



EFEMÉRIDE # 30


CHARLOT, A RIBALTA E OS MAUS...



Ribalta
A RIBALTA é o conjunto de luzes apontado ao palco com o intuito de iluminar os actores em plena representação...  Estar na ribalta significa, portanto, estar na maior, estar em evidência, viver numa onda de sucesso...
Quem melhor do que CHARLIE CHAPLIN para nos falar da ribalta, essa sensação por vezes inglória de sucesso?
A 23 de Outubro de 1952 (há 65 anos exactos), estreava em Londres e Nova Iorque "LUZES DA RIBALTA", onde Chaplin desempenha o papel de um velho cómico de music-hall que morre nos bastidores enquanto a jovem bailarina que ele tinha salvo do suicídio brilha em palco... Pode o sucesso ser mais ingrato? Já tinham passado 5 anos desde que Chaplin tinha abandonado CHARLOT, talvez a personagem mais conhecida e célebre do cinema, mudo ou falado....






Chaplin tinha começado em 1914, ainda Hollywood não passava de uns barracões, e assim, mudo, continuaria durante 13 anos até que em 1927 apareceu o cinema sonoro... Ao principio não gostou mas adaptou-se à nova realidade e continuou a criar até 1967, 53 anos de actividade, dos quais 33 anos reeinventando  CHARLOT, o personagem patético e trapalhão que conquista de chofre a nossa simpatia!




Luzes na ribalta


E então, nessa noite de estreia em Londres, luzes na cidade, tendo sido acusado por Elia Kazan como simpatizante das ideias comunistas, na fase áurea do fenómeno doentio que então assolara a América, a caça às bruxas do McCarthismo, o grande CHARLIE CHAPLIN é impedido de voltar aos Estados Unidos da América e é obrigado a pedir exílio até ao fim da sua vida à beira de um lago suíço... Ainda bem, porque a América, mais uma vez, demonstrou que não mereceu os seus heróis....



Charlie Chaplin com Einstein...


Só em 1972 (pasme-se!) é atribuído a Chaplin um Óscar pela carreira cinematográfica...




João Breve

(Cronologista de Valmedo)

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