A MISTERIOSA ORIGEM DAS PALAVRAS - XIV
QUEM FOI O PRIMEIRO LARÁPIO?
É de facto misteriosa a origem da palavra LARÁPIO porque a coisa não é consensual, senão vejamos, a coisa ficou séria quando o mui prestigiado filólogo brasileiro Antenor Nascentes, no seu "Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa", roubou a explicação apresentada muitos anos antes por Arthur Resende numa obra intitulada "Phrases e Curiosidades Latinas" e que reza assim:
Havia em Roma um pretor, ou seja, um magistrado, um funcionário público com autoridade, hoje chamar-se-ia doutor, e que se chamava Lucius Antonius Rufus Appius e que assinava como L.A.R. Appius, mas acontece que a criatura não era lá muito honesta pois decidia sempre sentenças favoráveis a quem lhe pagasse mais, se vivesse nos dias de hoje não passaria de mais um entre os muitos corruptos que por aí vegetam, mas enfim, tornou-se célebre porque o povo passou a chamar de larappius a todo aquele que agia com desonestidade! Assim, a crer nesta bela história, o primeiro larápio terá sido mesmo Larappius!
Mas acontece que muita gente especialista torce o nariz a esta tese por não existir qualquer referência histórica sobre a existência desse tal pretor, mas por outro lado também não conseguem arranjar outra e melhor explicação porque simplesmente não a há! Terá sido uma invenção popular ardilosa que pegou, como muitas outras? Não se sabe, o certo é que à falta de melhor esta é uma bela origem para a palavra e disso também desconfiou o criticado Nascentes ao dizer que "se não é verdade, parece..."!
João Portugal
(Linguísta de Valmedo)
Amigo, o tal de LARAPIUS, não passa de figurante menor na Era do humanus horribilis es, se nos cingir-mos aos últimos anos da nossa impoluta democracia. Basta olhar-mos para a profícua horda de magistrados cujas sentenças são peças de fina filigrana, enredadas em teias e esquemas fraudulentos onde campeia o nepotismo e a sem vergonhice. Só tu para me roubares um sorriso... Abraço
ResponderEliminarOlharmos está mal escrito como é óbvio... Sorry
ResponderEliminarÓ Andarilho, andas cansado da moina: cingirmos, caramba! Vê lá o que escreveste, idiota!
EliminarUm sorriso não se rouba, provoca-se! Que não te faltem motivos para sorrires, compañero!
ResponderEliminarAgora provocaste-me outro sorriso. Venha a próxima... Compañero
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