quinta-feira, 28 de dezembro de 2017


AS ABELHAS, AS INVASORAS E OS DISTRAÍDOS...



"Se as abelhas desaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana..." -  São palavras de Albert Einstein e provam que, para além da luz e do espaço, o futuro da humanidade também é muito relativo...





Ouve-se por aí que a calamidade dos incêndios colocou em risco cerca de 140 mil colmeias, só na região centro do país, o que levou a uma intervenção por parte das autoridades e das associações de apicultores e que consiste na distribuição de centenas de toneladas de açúcar pela região, substituindo o pólen desaparecido... Teremos ainda que esperar para saber do impacto da medida mas esse não é o único problema que afecta a apicultura e o equilíbrio da natureza...




A vespa assassina vinda da ásia

A vespa asiática, voraz predadora da abelha melífera europeia, continua a espalhar-se, há anos, a um ritmo descontrolado, não só pela região como por todo o país, sem que alguma medida eficaz para o seu controlo ou erradicação seja conhecida... E a menos que pela calada da noite, quando as abelhas que ainda restam voltam às colmeias, agentes infiltrados e disfarçados da ASAE (AGÊNCIA SUSTENTADORA DA ABELHA EUROPEIA) andem pelo terreno a montar armadilhas para as vespas invasoras, a hecatombe estará próxima! Enquanto isso, nós, os distraídos, somos por vezes levados a pensar que tudo se resumirá a um decréscimo da produção de mel, como se de azeite ou figo se tratasse, quando é muito mais que está em jogo... O mel é talvez o menos importante que as abelhas nos dão, já dizia o Einstein, que até era guloso...




"Ápis" - João Plástico


João Atemboró

(Naturalista de Valmedo)

Sem comentários:

Enviar um comentário