A ILHA DO DRAGÃO DEITADO
Com 54 Km de comprimento e 7 Km de largura máxima, a ilha de São Jorge é uma cordilheira vulcânica de forma oblonga e que com a sua costa recortada e os seus picos montanhosos fazem lembrar a silhueta de um dragão deitado e mesmo não tendo a certeza que está ele dormindo há quem lhe chame a ilha do dragão adormecido... Já Raul Brandão, quando visitou a ilha em 1924 e ia escrevendo "As Ilhas Desconhecidas" apelidou-a de ilha castanha devido à cor das rochas na Ponta dos Rosais...
E claro, teria que existir mesmo um dragão na ilha...
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"O dragão acordado" - Velas - Jean-Charles Forgeronne |
Mas na Praça de Velas, até porque um e outro se completam, para além do dragão encontramos também mesmo ali ao lado São Jorge, primeiro na sua Igreja Matriz lindíssima e depois estampado logo no início da bela calçada da rua Manuel de Arriaga, açoreano e primeiro presidente da República Portuguesa...
Mas São Jorge distingue-se também pelas suas mais de 60 (!) fajãs, essas pequenas planícies de terreno cultivável à beira mar e assentes em bancos de lava, e ainda pelo seu famoso e inconfundível queijo cuja produção foi incentivada pelos primeiros colonos flamengos que chegaram ao Topo por volta de 1480 ao verificarem que o clima nas zonas mais elevadas da ilha era semelhante ao da sua terra natal e ideal para a produção de queijo...
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"Fajã do Ouvidor" - Jean-Charles Forgeronne |
João Palmilha
(Viajante de Valmedo)
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