quinta-feira, 20 de junho de 2024

 

WILLEM DAFVON GOGH


Willem Dafoe, à beira dos 70 anos de existência e com 45 anos de carreira, em muitos dos mais de 100 filmes em que participou habituou-nos a grandes desempenhos de personagens ora extravagantes, ora psicóticas, ora sombrias e de tal forma as encarnou com o seu alucinado ar que parece não haver melhor escolha para esses papéis e isso torna-se ainda mais evidente no caso de Van Gogh em "À porta da eternidade", filme que Julian Schnabel realizou em 2018... O "seu" Van Gogh mereceu até a Defoe a sua única nomeação para o Oscar na categoria de melhor actor principal, antes já tinha sido nomeado 3 vezes mas para actor secundário e claro, sem surpresa nem sucesso, como convém a um negócio que vive de estereótipos de beleza e sabe-se que a Willem não assenta bem o papel de galã... Estranha premonição alguém teve ainda nos tempos de liceu ao dar-lhe a alcunha de Willem, a versão holandesa do seu nome real, William, talvez desde então estivesse escrito nas estrelas que lhe estava destinado viver na pele do louco e genial pintor holandês...           




O filme de Schnabel, para além do grande desempenho de Dafoe, apresenta outras curiosidades que enriquecem as biografias conhecidas de Van Gogh, como por exemplo a quem ofereceu ele de facto a sua famosa orelha? Ou então as causas da sua morte, terá mesmo o pintor cometido suicídio ou, como alegam alguns investigadores, terá sido vítima de um tiro acidental?  O que é verdade e mentira em toda a história? Certo é que o conhecimento que temos do pintor deriva essencialmente das cartas que trocou ao longo de anos com o seu irmão Theo, será isso suficiente para conhecer a verdadeira história de Van Gogh?


João Película
(Cinéfilo de Valmedo)

Sem comentários:

Enviar um comentário