ENQUANTO NÃO MORREMOS PARADOS NO INFERNO...
A quem se aventurar por estes dias a transitar de automóvel pelo coração da capital, doente e sujeito a vários cateterismos e bypass coronários, operações que não dão garantia da retoma de um fluxo circulatório normal num organismo com demasiados empecilhos, duas coisas lhe podem acontecer: ou tem uma crise cardíaca por excesso de nervos ou aproveita para relaxar com as fachadas dos prédios abandonados...
Desde 2010 que aqueles edifícios maltratados e aguardando uma eutanásia tranquila ali estão, em silêncio e entrega... uma última e derradeira dádiva de beleza e revolta... E ainda há quem consiga não reparar neles, mais preocupado em buzinar para o distraído da frente ou para o culpado desta vida caótica que ninguém sabe bem quem é....
Jean Charles Forgeronne
(Fotógrafo de Valmedo)
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