sexta-feira, 16 de setembro de 2016

                           

EFEMÉRIDE # 6 - REFLEXÕES DO PARAÍSO




MARICÁ bem pode ter sido o ÉDEN da Criação de outrora tais são a beleza e o encantamento que emanam daquela natureza abençoada...  Ali à beira da cidade maravilhosa, desde longínquas eras que atrai exploradores, curiosos ou simples turistas, não fosse terra de praias a perder de vista, lagos, montanhas, luxuriante vegetação e fazendas enormes.... 
Por ali atracou CHARLES DARWIN em 1832 com a sua tripulação a bordo do Beagle, onde estudou a fauna do território e compilou dados para a sua Teoria da Evolução...

Talvez o grande cientista se tenha cruzado e convivido com uma das personagens emblemáticas do Brasil, precisamente o MARQUÊS DE MARICÁ, escritor, filósofo e político consagrado da época, falecido no dia 16 de Setembro de 1848, faz hoje exactamente 168 anos...

Charles Darwin

Mariano José Pereira da Fonseca, assim se chamava o ilustre homem de Maricá, era filho de pai português e mãe brasileira, tendo para além das raízes lusitanas sido consagrado em Matemática pela distinta Universidade de Coimbra.... Como político foi Ministro da Fazenda e chegou a Senador da Província do Rio de Janeiro....
Mas o que o lançou definitivamente para a posteridade foi a sua obra "MÁXIMAS, PENSAMENTOS E REFLEXÕES", 4 volumes publicados ao longo de 4 anos (1837-41), ainda e sempre actual...



Marquês de Maricá



Tenho para mim que hoje seria muito difícil alguém entrar em recolhimento e introspecção quase ascética e produzir uma obra daquele teor, que sacrifício seria ignorar aquelas praias e não ser, no mínimo, surfista, ou então não praticar desportos de montanha como o trekking ou voo livre, ou resistir ainda à tentação de explorar todos aqueles recantos, ser um Darwin moderno..... Não sobraria tempo...
Mas talvez não valha mesmo a pena reflectir, pensar e retirar mais princípios da vida, é que o Marquês de Maricá disse tudo ou quase, a ver por esta pequena amostra de pérolas....




"Confiar desconfiando é uma regra muito salutar da prudência humana"

"Nada agrava mais a pobreza do que a mania de querer parecer rico"

"Os mais arrojados em falar são ordinariamente os menos profundos em saber"

"A civilização moderna tem reduzido o número de tolos mas aumentado proporcionalmente o de velhacos"

"A maledicência é uma ocupação e lenitivo para os descontentes"



João Breve
(Cronologista de Valmedo)

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