"NÃO SEI"
Por que desígnios nos cruzámos não sei,
que forças no mundo nos atraem e repelem não entendo,
mas por mais vazio que sintas o teu dia
ou por mais curta que seja a tua esperança,
e mesmo que te pareça breve a vida,
até no mais pequeno e frio mês
não desistas de te procurar,
porque ainda que te aches pouco
encontraste um nada de mim.
E assim, de ínfimas dádivas alheias
vamos inventando forças com que resistimos
e revelam-se-nos ignotos caminhos que hoje nos apartam
para nos unir depois,
para além da porta que espera,
e mesmo que não te cruzes com ninguém no teu caminho,
lembra-te do nada meu que tens,
e nunca caminharás só.
Isso eu sei...
J.C
(poeta de Valmedo)
2/11/07
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