terça-feira, 22 de setembro de 2015

                                         "NÃO SEI"

Por que desígnios nos cruzámos não sei,

que forças no mundo nos atraem e repelem não entendo,

mas por mais vazio que sintas o teu dia

ou por mais curta que seja a tua esperança,

e mesmo que te pareça breve a vida,

até no mais pequeno e frio mês

não desistas de te procurar,

porque ainda que te aches pouco

encontraste um nada de mim.

E assim, de ínfimas dádivas alheias

vamos inventando forças com que resistimos

e revelam-se-nos ignotos caminhos que hoje nos apartam

para nos unir depois,

para além da porta que espera,

e mesmo que não te cruzes com ninguém no teu caminho,

lembra-te do nada meu que tens,

e nunca caminharás só.

Isso eu sei...


J.C

(poeta de Valmedo)

2/11/07

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