ROMA egyptum est...
Ao mesmo tempo que Marco António se perdia de amores assolapados pela bela e exótica Cleópatra os romanos apaixonavam-se pela história e cultura egípcias, não admirando que então muitas toneladas de obras de arte tivessem sido apropriadas e tenham atravessado o Mediterrâneo desde o Cairo até à capital do império... Certo é que passados tantos séculos continua ainda bem patente em cada praça e em cada canto de Roma o fascínio pela glória do antigo Egipto porque, apesar de muitas dessas obras terem desaparecido com o desabar do Império, ainda hoje, quem mais atento ou mais distraído, por paradoxal que pareça, ao passear por Roma pode pensar, por momentos, que acabou de fazer uma viagem no tempo e no espaço e sentir-se em pleno Vale dos Reis ou em Gizé... Obeliscos então não faltam e daqueles que foram resgatados das ruínas a partir do século XVI e transformados em monumentos cristãos, tendo bastado para isso pôr-lhes em cima da sua paganidade uma cruz, daqueles que sobreviveram contam-se actualmente 12! Será por causa dos apóstolos? - interrogo-me depois de saber que, por exemplo, um deles, aquele que está na Piazza dell'Esquilino defronte da Basílica de Santa Maria Maggiore, foi mandado ali colocar pelo papa Sisto V em 1587 com o intuito de servir de marco para os peregrinos... Hoje bastaria uma singela placa a dizer: "São Pedro sempre em frente, 5 milhas"...
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"O maior obelisco do mundo" - Jean-Charles Forgeronne |
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"Elefantino" - Jean-Charles Forgeronne |
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"Egipto em Roma" - Jean-Charles Forgeronne |
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