CONVERSA ONÍRICA COM PASCAL
"O último desígnio da razão é reconhecer que há uma infinidade de coisas que a ultrapassam"..., disse o homem, com voz tímida mas tão serena que senti um calafrio daqueles que só se sentem quando verdades absolutas nos caiem de chofre e esclarecem os mistérios mais insondáveis...
Mas que raio, pensei, o que é que esta pessoa estranha está para aqui a aventar? A criatura, com o seu nariz proeminente e de tez cinzenta, sinal de alguma enfermidade que o afectaria decerto, estava sentado no banco do jardim público, indiferente à azáfama costumeira das gentes produtivas da sociedade de consumo, ostentando um olhar alucinado, vazio, ia proclamando para personagens reais e imaginárias ...
- Mas quem és tu, para falares dessa maneira? - perguntei com autoridade.
- Sou BLAISE PASCAL, o matemático, o filósofo, o pensador....
- Nunca ouvi falar... Mas o que te aconteceu para estares agora assim, quase a implorar atenção para as tuas ideias? Porque tens esse aspecto de mendigo e renegado e não és famoso e recompensado pela tua filosofia?
- Oh! Isso é uma longa história, meu amigo... Sabes, vivi num tempo de escuridão, há mais de 300 anos, onde imperavam verdades absolutas e castigos divinos... Sabes, a vida é ingrata por vezes e não vale a pena questionar isso, mas quero dar-te 3 conselhos...
- E quais são eles? - disse eu não disfarçando algum desdém...
- Não acredites em tudo o que ouças ou vejas, questiona sempre que tiveres dúvidas...
- Ok, mas eu não sou assim tão crédulo, não acredito assim tão facilmente.... E depois?
- Não duvides de tudo só por teimosia, haverá algumas coisas em que reconhecerás autenticidade e verdade...
- Mas isso já eu faço!
- Achas mesmo? Cuidado com as aparências... - disse Pascal, um pouco impaciente....
- Bem, e qual é o teu terceiro e último conselho?
- Nunca busques mais conhecimento nas questões em que necessitarás apenas de julgar pela tua consciência...
Esta coisa da RAZÃO é tramada... - pensei. O melhor mesmo é pensar antes de agir, excepto naqueles casos em que o instinto é o melhor pensamento... Ou seja, pensar depois....
- Se assim o não fizeres, a perdição esperará por ti... - ouvi-o murmurar...
- Assim seja - disse eu, meio perdido, deixando para trás aquele estranho pensador...
Yuehan Kaluosí
(Filósofo Taíosta de Valmedo)
Mas que raio, pensei, o que é que esta pessoa estranha está para aqui a aventar? A criatura, com o seu nariz proeminente e de tez cinzenta, sinal de alguma enfermidade que o afectaria decerto, estava sentado no banco do jardim público, indiferente à azáfama costumeira das gentes produtivas da sociedade de consumo, ostentando um olhar alucinado, vazio, ia proclamando para personagens reais e imaginárias ...
- Mas quem és tu, para falares dessa maneira? - perguntei com autoridade.
- Sou BLAISE PASCAL, o matemático, o filósofo, o pensador....
- Nunca ouvi falar... Mas o que te aconteceu para estares agora assim, quase a implorar atenção para as tuas ideias? Porque tens esse aspecto de mendigo e renegado e não és famoso e recompensado pela tua filosofia?
- Oh! Isso é uma longa história, meu amigo... Sabes, vivi num tempo de escuridão, há mais de 300 anos, onde imperavam verdades absolutas e castigos divinos... Sabes, a vida é ingrata por vezes e não vale a pena questionar isso, mas quero dar-te 3 conselhos...
- E quais são eles? - disse eu não disfarçando algum desdém...
- Não acredites em tudo o que ouças ou vejas, questiona sempre que tiveres dúvidas...
- Ok, mas eu não sou assim tão crédulo, não acredito assim tão facilmente.... E depois?
- Não duvides de tudo só por teimosia, haverá algumas coisas em que reconhecerás autenticidade e verdade...
- Mas isso já eu faço!
- Achas mesmo? Cuidado com as aparências... - disse Pascal, um pouco impaciente....
- Bem, e qual é o teu terceiro e último conselho?
- Nunca busques mais conhecimento nas questões em que necessitarás apenas de julgar pela tua consciência...
Esta coisa da RAZÃO é tramada... - pensei. O melhor mesmo é pensar antes de agir, excepto naqueles casos em que o instinto é o melhor pensamento... Ou seja, pensar depois....
- Se assim o não fizeres, a perdição esperará por ti... - ouvi-o murmurar...
- Assim seja - disse eu, meio perdido, deixando para trás aquele estranho pensador...
Yuehan Kaluosí
(Filósofo Taíosta de Valmedo)
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